3 anos atrás, não sabia eu o que aquele dia podia trazer de novo.
Em Outubro de 2009 com a saída do novo CD o meu interesse pela banda tinha desvanecido, já pouco sabia dos Tokio Hotel como banda, e o meu interesse por ouvir o novo cd deles não foi grande. Dois meses mais tarde, soube da banda voltar a Portugal, nesse dia passaram mil ideias pela minha cabeça, qual seria o interesse que eu tinha de ir ver uma banda que eu nem sequer tinha ouvido ainda o CD? Já não fazia grande sentido para mim voltar a ver aquela banda que tanto me tinha feito sorrir nos anos de 2007/2008 e que eu tinha-me deslocado ao Pavilhão Atlântico 2 vezes para os ver (sendo que a primeira o concerto foi cancelado). Mas comecei a relembrar todos os sentimentos, todas as sensações que eu tive naquele dia em 29/06/2008, e comecei a pensar se me arrepende-se de não ir a este concerto? Eu continuava a gostar da banda claro, as músicas deles sempre fizeram parte de mim, então tomei a minha decisão, iria ao concerto, não me ia arrepender certamente.

Comprei o bilhete e pouco fui sabendo mais da banda, já não era nada comparada a chama que eu tinha nos anos anteriores, até que ao faltar apenas uma semana peguei no novo CD e pôs-me a ouvir as músicas com atenção.. Sabem aquela chama que se acende quando ouvem algo que vos faz bem? foi exactamente isso que se passou comigo, quando ouvi aquelas músicas novas, relembrei porque em 2007 tinha começado a ser fã dos Tokio Hotel. Durante a semana que antecedeu o concerto tornei-me viciada no novo álbum não conseguia parar de o ouvir.

O grande dia finalmente chegou, como sou do norte do país, e na altura tinha 17 anos, não pode dormir no recinto alguns dias antes, cheguei lá no próprio dia a meio da tarde. Mas alguém que eu conheci naquele dia, que vi pela primeira vez naquele dia e agora é a minha melhor amiga, guardou-me o lugar e assim tinha expectativas de ter um bom lugar ao entrar no recinto. A espera até as portas abrirem não foi nada nervosa, o meu eu não conseguia acreditar que ia ver aqueles 4 alemães que tinha visto 2 anos antes, estava bastante calma. Mas quando desci as escadas do P.A de acesso a plateia, sinto o meu coração bem apertado, é sempre a mesma sensação quando entro naquela sala e sei quem vou ver. Corri para o lado esquerdo do palco, onde consegui um lugar bem próximo das grades, encontrava-me na segunda fila do lado do Tom, do qual eu fiz questão de estar para o ver bem. Sendo desde sempre o meu membro favorito de toda a banda. A espera foi longa, pelos atrasos devido a sessão de autógrafos, mas quando senti as luzes apagarem-se e vi o Tom surgir.. tenho a plena noção que durante as primeiras 2 músicas eu não vi mais ninguém nem tão pouco lembro de ter cantado algo, apenas observava o Tom ali tão perto, fiquei deslumbrada com a proximidade que me encontrava dele. Tive a sensação que tudo passou tão rápido. Mas a maior memória que mantenho é na música Hey You quando o Tom atira com a toalha dele e algumas fãs começam a empurrar-se para ficar com ela, eu olhei mas achei que não valia a pena perder aquela música tão energética e voltei a olhar para a frente no momento que o Tom ia a parar ali a frente, tenho a sensação que ao ver que eu quis saber mais da música do que aquela toalha, um sorriso se desenhou na cara dele.. pode até não ter sido directamente para mim, mas naquele momento a sensação que eu tive deu-me a certeza que por poucos momentos aquele sorriso foi dirigido a mim.
daí até ao fim do concerto foi tudo tão rápido.. sai do P.A com uma sensação enorme de felicidade que não consigo descrever em palavras, mas penso que quem lá esteve sentiu isso mesmo.

Acho que poucas palavras existem para descrever o quanto aquele concerto foi especial, o quanto foi intenso e único.. o P.A não estava cheio, mas tenho a certeza que todas que estavamos lá fomos suficientes para fazer aquele concerto único tanto para nós fãs como para o Bill, Tom, Georg e Gustav, somos um publico difícil de esquecer

Texto por: Maggie Silva